sábado, 14 de abril de 2012



E eu estou cansada. Cansada desse mundinho. Vivem te dizendo o que fazer e repetindo que você precisa ser mais tolerante, controlado e prudente. Buscar esse tipo de equilíbrio não é nada fácil. Poucos são os seres humanos que possuem compatibilidade sanguínea com a dona barata. Qual é? Ninguém é obrigado a possuir um nível de tolerância exacerbado, mas é dever, e eu repito, de-ver, de todos que habitam esse nosso planetinha atrasado, respeitar os limites do outro. É complicado porque as pessoas sequer se dão o trabalho de colocar-sem no lugar das outras. Ô gente, vamos perceber que não é porque você acha sua atitude normal, que o outro vai encarar com a mesma serenidade. Palavras doem sim. Machucam demais. Mas palavras, são só palavras. Tá com raiva e quer falar? Então fala. Mas não faz cena não. Não tente ser o que não é. E o mais importante: não faça promessas que não seja capaz de cumprir. Se quer que a outra pessoa seja mais tolerante com você, não exagere. Respeite. Respeito e dosagem são duas palavras essenciais para a sobrevivência em sociedade. Lembre-se sempre: o seu espaço termina onde começa o do outro.

Nunca encontrei nada que me fizesse melhor que você, você e eu, para ser mais específica. Não entendo para quê tanto. Dizem que tudo em exagero faz mal. De qualquer forma, você não me faz nenhum pouco. E por isso que vou ser tudo que você quiser. Para recompensar tudo que és para mim. O que precisar, o que for necessário, serei para ti. Se precisar de velocidade, viro um guepardo. Se precisar de ideias, viro alguma estrela para iluminar-te. Se precisar de guia, viro uma estrada repleta de placas. Se precisar de apoio, viro uma banca na altura de seus braços. Se precisar de proteção, sou tua armadura. Se precisar de amor, fico eu mesma para te deitar no meu colo e acariciar-te a face. Sim, tudo que precisar. Estarei aqui, para ti. Para tudo ficar bem. E por mais que eu não possa te transmitir a quantidade exata e necessária de proteção, saiba que tentarei. Tentarei até o fim. Ouça bem, I will be all that you want (…) with you, forever. E nada me fará mudar de opinião, apenas você e, talvez nem isso. Talvez nem que me pedisse, deixaria-te partir tão facilmente. Talvez eu pudesse te amarrar numa árvore. Prometo que te alimentaria, te banharia, dormiria até mesmo contigo, para não sentir medo na escuridão da noite. Talvez, nem tanto. Talvez eu esteja só brincando. Mas toda brincadeira tem um fundo de verdade, não é mesmo? Talvez tenha. Entenderei se quiser partir, admito. Nunca me vi a melhor pessoa do mundo para alguém se apegar, se afeiçoar, se limitar. Mas te digo que não quero ser seu limite, porém talvez, seu início avante ao infinito. Queria poder ser seu ponto de largada e nada mais. Não farei de ti um pássaro preso à gaiolas que mais parecem prisões. Afinal, qual gaiola que com uma cadeia não se assemelha? Não, não serei sua dona. Mas sim, aquela que cuida de ti, se me permitir. Não farei de ti insuficiente, mas te trarei suficiência para andar com seus próprios pés, porém aqui querer permanecer, ao meu lado. E se eu te convencesse de ficar? O que faria? Se eu te mostrasse que por mais que existam alguns defeitos - ou muitos -, valeria à pena? Só sei que tu fostes meu único acerto e se agora eu errar, meu pior erro será te deixar partir sem ao menos tentar te garantir conforto no lar. Então, serei tudo que você quiser, tudo que você precisar, além de seus quereres, serei toda a sua suficiência, rapaz, feito o açúcar que dá um toque a mais a qualquer suco